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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Brincar e a sua importância


A literatura e as pesquisas demonstram que brincar tem três grandes objetivos para as crianças: o prazer, a expressão dos sentimentos e a aprendizagem. Crianças menores, mesmo na companhia de outras, costumam brincar sozinhas. Para elas, o ideal são brincadeiras que estimulem os sentidos, através deles, elas exploram e descobrem cores, texturas, sons, cheiros e gostos.
Por volta dos 3 anos desenvolvem outro tipo de brincadeira: o faz de conta. Imitar situações quotidianas - como brincar às casinhas ou fingir que é o motorista de um autocarro - permite que as crianças se relacionem com problemas e soluções que passam do fazer imaginário para o aprender real.
A partir dos 5 anos, os pequenos estão aptos para incluir o outro nas brincadeiras. "É a fase em que elas deixam de brincar ao lado de outras crianças e passam a brincar com outras crianças", explica Maria Angela Barbato Carneiro.
O desenvolvimento infantil é individual. Algumas crianças começam a brincar com outras mais cedo, outras mais tarde - não há motivo para preocupação.

Como incentivar o seu filho a brincar:

  • Estabelecer um horário diário ou semanal para brincar com seu filho é o primeiro passo para garantir que ele faça esta atividade com frequência. Muitos pais enchem a agenda dos filhos com atividades extra-curriculares, o que extingue o momento da brincadeira. "Toda a agenda da criança deve ter um espaço diário para não fazer nada - é aí que surge o espaço para brincar".


  • Participar na brincadeira dos filhos também dá uma vantagem aos pais: conhecê-los melhor. Como a criança se expressa brincando, os pais observadores descobriram as vulnerabilidades e os pontos fortes de seus filhos. "Brincar juntos aumenta o grau de confiança e o vínculo entre pais e filhos". Dar brinquedos de diferentes materiais e tipos também é recomendável. Por isso, nada de entupir a menina só com bonecas e chegar com um carrinho debaixo do braço a todos os aniversários de um menino. As crianças precisam experimentar de tudo. "Cada brinquedo traz uma mensagem e vai despertar o interesse e a curiosidade de alguma forma", ressalta Ruth.
  • O importante é o brincar, e não o brinquedo. É possível improvisar brinquedos com uma fruta, uma caixa de papelão vazia ou o que quer que esteja à mão. E não se preocupe se não puder dar a seu filho aquele carrinho movido a pilhas de última geração. 
As brincadeiras ideais para cada faixa etária:

O desenvolvimento infantil é individual, mas as crianças passam, cada uma a seu tempo, pelas fases abaixo. Todas as atividades devem ser desenvolvidas sob supervisão de um adulto e nos ambientes adequados.

A brincadeira tem que estimular os sentidos. Correr, puxar carrinhos, trepar objetos, jogar com bolinhas de peluche são atividades recomendadas.
  • 3 a 4 anos
Começam as brincadeiras de faz de conta. As crianças respondem a brincadeiras de casinhas, de trânsito, de escolinha e de outras atividades quotidianas.

  • 5 a 6 anos
Os jogos motores (de movimento) e os de representação (faz de conta) continuam e aprimoram-se. Surgem os jogos coletivos, de campo ou de mesa: jogos de tabuleiro, futebol, brincadeiras de roda.



  • Mais de 7 anos
A criança está apta a participar e divertir-se com todos os tipos de jogos aprendidos, mas com graus de dificuldade maiores. 

(Labrimp/Laboratório de Brinquedos e Materiais Pedagógicos da Universidade de São Paulo)

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