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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Autismo e a Equitação Terapêutica

DEFINIÇÃO
  • Conjunto de técnicas que agem para superar danos sensoriais, motores, cognitivos e comportamentais, através de uma atividade lúdico-desportiva, que tem como meio o cavalo.

ASPETOS A CONSIDERAR

  • O desenvolvimento da motricidade é altamente significativo e pode repercutir-se de forma imediata nos hábitos de independência, sugerindo a necessidade de um trabalho intensivo como forma de atingir também os aspectos afetivos, sociais e cognitivos, por este motivo deve encorajar-se o praticante a obter independência sobre o cavalo. 
  • Também é importante que as crianças poderão ter dificuldades em aprender através de instruções verbais sendo necessária uma repetição e orientação corpórea (Freire, 2004).
  • É essencial estabelecer limites, direções claras e curtas, tentando manter contato visual (olho no olho), além de elogiar quando estiver certo. É importante também a aceitação do contato com os membros da equipa, inclusive o contato corporal, melhorando as relações sociais das crianças autistas.
    Fonte: http://pt.depositphotos.com/
  • Existem semelhanças entre o comportamento autista e atitudes do cavalo. Para ambos, ruídos mais altos, mudanças na rotina e ambientes desconhecidos causam insegurança e grande parte da comunicação que estabelecem depende da linguagem corporal (Roberts, 2002).
  • Toleram uma quantidade restrita de contato corporal, sendo que este nunca ocorre através de imposição. A capacidade instintiva do cavalo perceber as intenções do cavaleiro leva o animal a acalmar-se quando montado por uma criança autista. O contato com animais pode gerar expectativas de troca e representação de regras sociais, quando utilizados em terapias (Wilson& Turner, 1998).
  • A interação com o cavalo, desde o primeiro contato e cuidados preliminares até a montaria, também desenvolve novas formas de comunicação,socialização, autoconfiança e auto estima (Freire, 2003). A criança autista pode olhar, tocar este “objeto” que não é estático. Este conhecimento gera comparações entre as partes do corpo do cavalo e da própria criança, além de suas utilidades e possibilidades.

  • Promove benefícios relacionados ao bem estar físico e emocional. Na relação entre “pessoa- animal” existe uma troca que gera ganhos psíquicos e físicos. 
  • Favorece a reintegração social, que é estimulada pelo contato do indivíduo com outros pacientes, com a equipa e com o animal. Aproximando-o desta maneira, cada vez mais, da sociedade na qual convive.
  • Além de sua função cinesioterapêutica, produz importante participação no aspecto psíquico, uma vez que o indivíduo usa o animal para desenvolver e modificar atitudes e comportamentos (Gavarini, 1997). 
  • No âmbito da Psicomotricidade observamos a aprendizagem de movimentos rítmicos, aquisição de equilíbrio, desinibição e segurança motora; autoconsciência motora corpórea favorecida pelo enérgico contato físico com o animal (Gavarini, 1997).
  • Melhora relações sociais, favorecendo uma melhor percepção do mundo externo e ajuste tónico-postural adequado (Freire, 2003). 


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