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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

ASPERGER EM CONTEXTO ESCOLAR

Habitualmente apresentam atitude pouco flexível perante as mudanças. Possuem rituais de natureza elaborada e interesses pouco funcionais. Desenvolvem interesses restritos e definidos em áreas limitadas e estranhas. Preferem atividades mecânicas (montar e desmontar peças…). Sentem-se melhor quando têm de realizar algo concreto e previsível. Preferem rotinas e ambientes mais estruturados.

ESTRATÉGIAS PARA O CONTEXTO ESCOLAR

Pretendem que a criança permaneça o maior tempo possível na aula, realizando atividades comuns com o grupo e ajustadas a si. Embora pareçam simples, a sua realização ajuda a adaptar-se ao contexto escolar e funcionam como uma chave que permitirá o envolvimento com maior qualidade ao contexto escolar.  É importante que a família reconheça a necessidade de preparar material específico para dar continuidade em casa de forma a alcançar metas propostas.

  1.      Numa fase inicial é necessário assegurar-se que há uma correta adaptação ao contexto e às atividades escolares (mostrar as salas que utilizará, o lugar onde se sentará, o professor…). Se vier de outra escola, manter rotinas que lhe são familiares dentro do novo espaço. Perguntar aos pais quais as áreas de maior interesse, apresentando inicialmente livros/ atividades relacionadas com essa área.
  2.    Após um conhecimento dos espaços da escola, com a ajuda de um adulto (casa de banho, cantina, biblioteca…), permitir também que conheça o nome das pessoas mais significativas da vida escolar (funcionários, professores…).  Pode ser realizado um livro “A minha escola” com fotografias dessas pessoas, onde serão colocados os nomes respetivas funções. Poderá ser útil quando pedir para ir a um desses contextos na escola ou para falar de uma dessas pessoas.
  3.    A utilização de apoios visuais é indispensável para o trabalho, permitindo que ele indique algo em vez de gritar, para que não seja necessário repetir constantemente instruções e para que permaneça maior tempo na realização da tarefa.
  4.    Elaboração de agendas/ calendários, de acordo com a organização da aula (com imagens das  atividades) e segundo uma panificação. Proporciona ao aluno um ambiente mais seguro e previsível de forma a diminuir a ansiedade e agitação. O adulto terá a responsabilidade de indicar todas as atividades que tem de realizar durante o dia e ao inicio do dia deve mostrar a ordem de atividades que vai realizar. Conforme isso vá acontecendo, tirar a imagem após a realização e dar continuidade às restantes atividades da agenda, fazendo a pergunta “Que vais fazer a seguir?”.  Assim, até terminar todas as atividades. É preferível que a rotina diária seja constante e que quando aconteçam algumas mudanças, isso seja antecipado anteriormente.
  5.    Colocar cartões com imagens de atividades no quadro, é uma estratégia que se pode utilizar alternativamente. Por exemplo, colocar imagem do “livro de Português” e ir substituindo de acordo com a disciplina que se vá abordar.
  6.    Utilizar cores diferentes nos cadernos e livros das disciplinas, assim como ter em atenção para utilizar o mesmo código de cores nos cartões de imagens colocados nos quadros.
  7.    Colocar cartões de apoio visual, indicando normas e colocar junto do aluno, no seu campo visual. Por exemplo, “trabalhar em silêncio”.
  8.    Dar-lhe um tempo no dia para que possa repetir as suas frases de programas de televisão, ver livros que gosta, atividades do seu agrado, de forma a permitir que relaxe um pouco.
  9.     Situar as pistas visuais em locais estratégicos da sala (porta da casa de banho, jogos, recreio). Colocar imagens com material para utilizar na casa de banho (sabonete e papel).
  10.    Início e final de atividade: Indispensável que em todas as atividades no livro esteja claro o inicio e o fim da atividade, que a termine antes do tempo. Por exemplo, colocar uma marca verde onde iniciará a atividade (escrever, copiar…) e uma marca vermelha que indique o final.
  11.    Adaptar as atividades de acordo com os seus interesses. Por exemplo, se gosta de dinossauros, realizar por exemplo tarefas de leitura e escrita que envolvam dinossauros. Gradualmente ir introduzindo novos temas.
  12.    Numa fase inicial de aprendizagem da leitura e escrita, utilizar como modelo letras escritas em cartões de forma a controlar o tamanho e uniformizar letras.
  13.    Dar mais tempo para que termine a tarefa de leitura e escrita, sempre que necessário (decidir o que lhe é pedido e o tempo necessário).
  14.    Observar o aluno, recolhendo informação de acordo com os pontos fortes e fracos e o nível de competências (na aquisição de conteúdos de diferentes disciplinas).
  15.    Por exemplo, proposta de atividade curricular: Disciplina (Português); Competência (conhecimento de si mesmo); Objetivo (reconhecer o seu nome entre os vários nomes de colegas); Materiais (cartões com o seu nome colocados nos seus vários materiais escolares).
Fonte: http://pt.depositphotos.com/

Adaptado de: FICHERO DE ACTIVIDADES DE APOYO PARA LA INTERVENCION EDUCATIVA DE LOS ALUMNOS CON SINDROME DE ASPERGER - Lic. Aydé P. Torres Juárez Psic. Olivia Escorza Rodríguez

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