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terça-feira, 29 de março de 2011

CONSELHOS PARA LIDAR COM DOENTES AFÁSICOS

 Não deve falar com o seu familiar em locais com muito ruído;

 Não deve falar como se ele não estivesse presente;

 Não deve gritar ou falar mais alto: O seu familiar ouve, pode é não compreender;

 Não deve demonstrar pressa, dê-lhe tempo para falar e espere pacientemente pela resposta;

 Não se deve interromper o doente quando ele está a falar;

 Não deixe de lhe pedir opinião sobre os assuntos que lhe dizem respeito, tente que ele participe nas conversas de família;

 Numa conversa, deve falar uma pessoa de cada vez e não devem ser feitas muitas perguntas ao mesmo tempo;

 Não deve falar para o seu familiar como se estivesse a falar para uma criança. Fale da mesma forma que falava anteriormente;

 Não deve corrigir sistematicamente, tente perceber primeiro o que o seu familiar lhe quer dizer;

 Em vez de dizer a palavra que sabe que ele vai dizer, não a diga, dê apenas uma pequena ajuda e deixe-o dizer por si;

 Falar com o doente de forma clara, pausada e simpática, olhando sempre para ele;

 Deve-se dizer sempre o nome de todos os objectos que lhe são dados, de uma forma bastante clara;

 Deve-se tratar o doente de acordo com a idade que tem. Simplificar a linguagem optando por frases mais curtas e nunca se deve usar diminutivos ou neologismos e estereótipos que o doente use;

 Ao longo do tratamento é normal os doente apresentarem erros constantes, mas deve-se manter a calma e nunca exigir as palavras;

 Quando se mostrar cansado, deve-se deixá-lo descansar e mudar de actividade;

 Deve-se falar com o doente de uma forma realista, não minimizando o problema. Deve-se ser o mais optimista possível, valorizando todos os progressos e evoluções conseguidos;

 Deve-se procurar entender sempre o que o doente quer dizer ou fazer. Deve-se usar, sempre que possível, perguntas curtas directas que possam ser respondidas com "sim" e "não";

 Quando existe perseveração nas respostas ou atitudes, deve-se desviar a atenção e o interesse do doente para outro assunto. Fazer o mesmo perante reacções de riso ou choro inapropriado;

 Deve-se encorajar sempre a participação do doente nas actividades familiares, para que não se sinta isolado;

 Deixar sempre o doente tentar fazer as coisas sozinho. A autonomia e a independência são factores importantes para recuperar a sua auto-estima.

 
A Terapeuta da Fala
Rita Silva Magalhães

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