·
Dê-lhe mais tempo para realizar a prova;
· Elabore mais avaliações e com menos conteúdo, para que
o aluno possa realizá-las num menor tempo.
Fonte: http://pt.depositphotos.com/ |
· Não acumule conteúdos
para começar a aplicar as avaliações. Ao contrário, aplique-as amiúde, de
acordo com a progressão dos estudos, dando mais oportunidades aos alunos e
evitando a acumulação de conteúdos a serem estudados. Para os disléxicos é
preferível mais avaliações com menos conteúdo em cada uma delas.
·
Sempre que possível, prepare avaliação
individualizada. O ideal é que os instrumentais de avaliação sejam elaborados
de acordo com as suas características.
·
Se for idêntica à dos colegas: Leia os enunciados em
voz alta, certificando-se de que ele compreendeu as questões; durante a prova
preste-lhe a orientação necessária para que ele compreenda o que está a ser
pedido; respeite o seu ritmo permitindo-lhe, quando necessário, que a conclua
na aula seguinte ou em outro lugar na escola (biblioteca, sala de grupo);
· Ao corrigi-la, valorize não só o que está explícito
como também o implícito e adapte os critérios de correção à sua realidade;
· Não faça anotações na folha da prova (sobretudo juízos
de valor);
· Não registe a nota sem antes retomar a prova com ele e
verificar, oralmente, o que ele quis dizer com o que escreveu;
· Pesquisar, principalmente, sobre a natureza do(s)
erro(s) cometido(s): ex.: Não entendeu o que leu e por isso não
respondeu corretamente ao solicitado? Leu, entendeu, mas não soube aplicar o
conceito ou a fórmula? Aplicou o conceito (ou a fórmula), mas desenvolveu o
raciocínio de maneira errada? Em outras palavras: em que
errou e por que errou?
· Dê ao aluno a opção de fazer prova oral ou atividade
que utilize diferentes expressões e linguagens. Exigir que comunique
o que sabe, levante questões, proponha problemas e apresente soluções
exclusivamente através da leitura e da escrita é mau; é,
sobretudo, negar-lhe um direito – natural
– de comunicar, de criar e de expressar-se livremente.
·
Avaliações que contenham exclusivamente textos,
sobretudo textos longos, não devem ser aplicadas;
· Utilize uma única fonte, simples, em toda a prova
(preferencialmente “Arial 11” ou Times New Roman 12), evitando-se misturas de
fontes e de tamanhos, sobretudo as manuscritas, as itálicas e as rebuscadas;
·
Dê preferência a avaliações orais, através das quais,
em tom de conversa, o aluno tenha a oportunidade de dizer o que sabe sobre o(s)
assunto(s) em questão;
· Não indique livros para leituras paralelas. Quando
necessário, proponha outras experiências que possam contribuir para o alcance
dos objetivos previstos: assistir a um filme, a um documentário, a uma peça de
teatro; visitar um museu, um laboratório, uma instituição; recorrer a versões
em quadrinhos, em animações, em programas de informática;
· Ofereça uma folha de prova limpa, sem rasuras, sem
riscos ou sinais que possam confundir o leitor;
· Ao empregar questões falso-verdadeiro: Construa
um bom número de afirmações verdadeiras e em seguida reescreva a metade,
tornando-as falsas; evite o uso da negativa e também de expressões absolutas;
construa as afirmações com bastante clareza e, aproximadamente com a mesma
extensão; inclua somente uma ideia em cada afirmação;
·
Ao empregar questões de associações: Trate de um
só assunto em cada questão; redija cuidadosamente os itens para que o aluno não
se atrapalhe com os mesmos;
· Ao empregar questões de preenchimento de
espaços: Use somente um espaço, no máximo dois, em cada frase; faça com
que a lacuna corresponda à palavra ou expressão significativas, que envolvam
conceitos e conhecimentos básicos e essenciais - também chamados de
“ferramentas”, e não a detalhes secundários;
·
Conserve a terminologia presente no livro adotado ou
no registo feito em aula.
Possui dificuldade em descodificar o texto; em
interpretar a mensagem; tende a ler e a interpretar o que ouve de maneira
literal. Assim sendo:
- Utilize linguagem clara, objetiva, com termos conhecidos;
- Elabore enunciados com textos curtos, com linguagem objetiva, direta,
com palavras precisas e inequívocas (sem ‘duplo’ sentido);
- Procure deixar as questões ou alternativas com a mesma extensão;
- Evite formular questões que possuem negativas;
- Trate de um só assunto em cada questão;
- Se for indispensável à utilização de um determinado texto, subdivida o
original em partes (não mais do que cinco ou seis linhas cada uma);
- Divida um “grande” texto, do qual decorre uma “grande” questão, em
“pequenos” textos acompanhados de suas respetivas questões;
- Recorra a símbolos, sinais, gráficos, desenhos, modelos, esquemas e
assemelhados, que possam fazer referência aos conceitos trabalhados;
- Não utilize textos científicos ou literários (mormente os poéticos),
que sejam densos, carregados de terminologia específica, de simbolismos,
de eufemismos, de vocábulos com múltiplas conotações... Para que o aluno
os interprete exclusivamente a partir da leitura. Nesses casos, recorra à
oralidade;
- Evite estímulos visuais ‘estranhos’ ao tema em questão;
- Se utilizar figuras, fotos, ícones ou imagens, ter atenção para que
haja exata correspondência entre o texto escrito e a imagem;
- Leia a prova em voz alta e, antes de iniciá-la, verifique se os alunos
entenderam o que se espera que seja feito;
- Destaque claramente o texto das respetiva(s) questão(ões).
Possui
dificuldade para reconhecer e orientar-se no espaço visual; na memória visual
e/ou auditiva (o que lhe dificulta ou lhe impede de automatizar a leitura e a
escrita). Assim sendo:
- Observe as direções da escrita (da esquerda para
a direita e de cima para baixo) em todo o corpo da avaliação.
- Repita o enunciado na(s) página(s) seguinte(s), sempre que for necessário;
- Não elabore avaliações que privilegiem a memorização de nomes, datas,
fórmulas, regras gramaticais, espécies, definições, etc. Quando tais
informações forem importantes, forneça-as ao aluno (verbalmente ou por
escrito) para que ele possa servir-se delas e empregá-las no seu
raciocínio ou na resolução do problema;
- Privilegie a avaliação de conceitos e de habilidades e não de
definições;
- Permita-lhe que utilize a tabuada, calculadora, gravador, anotações,
dicionários e outros registros durante as avaliações;
- Instruções curtas e simples (e uma de cada vez) evitam confusões;
- Elabore questões em que o aluno possa demonstrar o que aprendeu
completando, destacando, identificando, relacionando ou reconhecendo
informações ali contidas.
Retirado
de: PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA TRABALHAR COM ALUNOS DISLÉXICOS
Fabrícia
Moraes
Sem comentários:
Enviar um comentário